A espera de uma vida segura.

Pronta.
Ainda não sei ao certo pra quê.
Só sei que novamente a minha vida mudou radicalmente.
Por que eu não posso ter uma vida tranquila e pacata?

Tanta gente reclama de vida pacata, vida segura e eu estou
querendo tanto isso agora...pelo menos por um tempo.

Eu escrevi um poema triste.

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!


Mário Quintana

Palavras

Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.

Mario Quintana

É o fim

De que adianta alguém dizer que te ama, se não é capaz de demonstrar...
Alguém que permanece ao teu lado sem ser o seu par...
Alguém que te olha, mas, é incapaz de te enxergar...
De que adianta alguém que te escuta e não compreende...
Alguém que precisa de você, mas, nunca se doa...
Alguém que tem coragem apenas pra se acomodar...
De que adianta alguém viver ao teu lado e nunca se preocupar em te conhecer...
Alguém que apenas se conforma...
Alguém que nunca se importa...
De que adianta a vida ao lado de quem não quer mais nada...
Viver ao lado de alguém que diz querer apenas você...
Ao mesmo tempo que te desconhece...
Desculpe...
Pra mim não dá...
É o fim...
Acabou.

Glória Cabo

Falsos

Gélidos, máquinas, robôs,
Estátuas.
Todos falsos.
Gestos falsos,
Risos, lágrimas, palavras,
Todos falsos.
Atores, contos de fadas.
Egos, argumentos,
Todos cegos.
Competem toda hora,
Todo momento.
Chega! Basta!
Me retiro a tempo.

Leandro Moreira.

Soneto de um sonho perdido

Nesta vida eu estou perdida
Não vejo o sul,nem o norte
Me perdi num sonho,e sem sorte
Fui enganada por vezes seguida

Me fiz sombra,névoa escurecida
E o destino,senhor cruel e forte
Eecretou para minha alma a morte
E sou a alma de luto,sempre perdida

Por onde passo ninguém me vê
Triste sempre haverei de ser
E hei de chorar sem saber porque

E vou atráz do que ousei sonhar
Alguém perfeito que fosse me amar
Mas nesta vida não o pude encontrar


Laura Vizentyn
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Monstro

A vida nos ensina cada coisa.
Melhor saber agora, do que mais tarde.

Pássaros feridos....

Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento...Pelo menos é o que diz a lenda.

Twitter

Eu criei um twitter que tem o conceito de mini blog, mas porque, pensando bem, preciso de um desses, se tenho este blog, onde as coisas que posso dizer, podem ter um espaço maior?

E eu não tenho a necessidade de escrever todos os dias, como tem no twitter.
As pessoas escrevem se minutos em minutos por lá, desde a hora que acordam, até a hora que vão dormir.
Tudo é motivo pra escrever no twitter...até o que vestem, comem, bebem...até quando vão ao banheiro.
Parece um BBB cibernético.

Não quero me expor tanto assim, acho que por isso meu twitter anda as moscas.

Tem graça, na vida a gente não ter um pouco de mistério sobre si?

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Nova fase

Hoje começo uma nova fase da minha vida, que espero, se prolongue com qualidade e me leve a metas que pretendo realizar daqui a um tempo...

Mais um pouco do mestre da poesia, que diz tanto, do tanto que a minha vida é.

"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"

Mário Quintana

Várias em uma de Mário...

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!


Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!


Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...


Mário Quintana